quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Que mais podia eu querer?


Através do Livro de Honra da nossa exposição (de que publicamos aqui uma página), os visitantes e alguns daqueles que expuseram, manifestaram, por escrito, o seu agrado pelos trabalhos ali dados a conhecer.
Entre outras apreciações, da referida página permitimo-nos respigar esta:

Que mais podia eu querer?
Se os olhos se derretem na magia da cor
e as palavras se misturam na tertúlia dos amigos
que me viram fazer os primeiros borrões...
Afinal, quero mais
Gratidão e carinho em especial à nossa mentora
que nos estimula e orienta
Permaneço!

Graciela Neves

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Saltaricando de tela em terra (Graciela Neves)

Saltaricando de tela em terra

Num dia de Outono, quase ao Anoitecer
Inaugurou-se a exposição,
Como se fosse hoje a Casa dos Pintores

Na abertura, um bálsamo suave
no louvor incitante da artista, mentora e amiga Dulce Bernardes
de mãos exímias, pincelada decidida, sagaz mirada
nos poemas que o colega declamou
tanto quanto o violinista encantou,
em pano de fundo,  A Flautista sem rumor nem zumbido,
surpreendeu pelo mutismo, o que não é habitualmente na Margarida.
……
e se a passarada debandava?

Máscaras fora de cena,
ausente o actor principal,
Carlos, vamos começar
…..
desnude-se o artesão
mostre-se a arte, sem pruridos nem subterfúgios
que a corrompam

A diversidade de Contrastes
(não só Cópia como as minhas), há o jeito, o toque e o gesto singular
a exemplo, o que o Luís recriou e tantos tantos outros ….
o abstracto, o figurativo, o realista

Uma, duas, três ….. sete Paisagens
Com alfazema e outros tons, cheiros quanto baste
Cremilde transferiu da paleta, surto de aragem tonificante
mancha florida à beira rio, amena quietação
que a Lurdes elegeu para se reconstruir e alentar
Flor, Flores Frutas
Limão verdeMaçãs matizadasMorango e Moranguito
sabores apetecidos …doce e acre Alice no país das suas maravilhas
amores e amantes sem título nO luar
Num só em Um envolvimento que a Nathalie concede
aos gatos, aos humanos, a cada um de nós, serenamente,
sem sombra de Nuvem passageira, no semblante
ou na alma desertora do Rui de ruim visão, daltónica, quanto sei
dentro ou fora, Na tua ou na minha sala,
já não espero nem desespero… apenas me apetece morder com raiva, Céline!
para brevemente ficar pronta para O Renascer
e poder aspirar sem temor, mágoa e contrição
a proposta de brandura da Mª Ascenso,
em alternativa com a azul cidade gémea

Retrato de família, repetida a infância,
avô F. Patrício, em azáfama cooperativa,
um bom mote para o poema, o desejo, o sonho
os locais que nos rodeiam, as memórias, os ícones e a lonjura
Antes de sair da Casa dos Pintores, ou passar pelo Cruzeiro,
que sustenta a base do S, Rocha e o norteia no desnorte, revimos
O Fontanário da Fonte Freire, graciosa reprodução em delicadeza
arrebatada pela fulgor dos cântaros, o espírito judicioso,
o cavalheirismo deferente do Henrique,
Praça Rodrigues Lobo e Castelo,
St Agostinho e Sra Encarnação, a Ford Leiria anos 50
uma Leiria Panorâmica desde o Bairro dos Anjos
…..
Descansámos na Casa de campo, local idílico
que a Helena alindou para nos ofertar  genuinamente
enquanto o Visconde e freguesia franqueavam o Pórtico do Solar,
Foi de Óbidos, Pormenor com janela típica e muralha, que avistámos o Alentejo
La onde a conciliação se torna autêntica, após a luta renhida
gerações, risco, aventura, idealismo …
uma mãe só sossega quando o filho adormece no seu colo

Voando ou Velejando, nem sei bem
ancorados  e escorados viajaremos de qualquer modo
capitaneados pela Odete, com sensatez e tolerância
Barcos ao largoBarcos com rumo
nO meu marbarcos esmaecidos,
baloiçados no rumorejo das vagas,
sortilégio no langor do violino
e no olhar enlevado da Sílvia, mãe babada
rumámos ao Funchal, a ver o Fontanário da Rua das Cruzes,
de azul real, pedraria ao pormenor, a clorofila a transparecer
a mão do Arnaldo a transmutar cada recanto em monumento
esticámo-nos aos Açores
fruímos a Vista aérea das Ilhas das Flores
não descemos,
espreitámos o Pico, a Madalena,
do lado do Faial, sobrevoando em contemplação

Estes míseros (de crise tão badalada) filhos de Adão e Eva
ilusão até aqui Eternamente adiada,
afagaram indelevelmente
numa Mística, fascinante
a África feiticeira
Escrava e rainha
esta África minha
……
uma passada asiática em forma de mulher transtornada
uma rainha, talvez Isabel, de anseio e agitação adornada
……
Descendo a pique, num contexto, quiçá, bucólico
Passeando à chuva, quais Cavalos azuis entontecidos sem nada descortinar,
pedimos a Sto António uma aberta, embora se saiba que esses domínios não são seus….
finalmente, com a ajuda das criaturas animadas que o acompanham,
num lugar Celeste, conseguimos um passe de feitiçaria….
abriu-se a torneira da borrasca
para vazar em cascata ampla, em cascata minguada ….
nem Guerra, nem alvoroço…. pausa
Lagoa mansa …
e nesta placidez
ecoaram trinados de uma centena de pássaros
anunciados, quase corpóreos,
Cuco, o Gaio e o Borralho
as Perdizes, a Alvéola branca, a Trepadeira azul
Rabirruivo, o Pisco de-peito-ruivo, o Melro
Pardal-montês, Pintassilgo, o Cartaxo-nortenho
Chapim azul, o Pica-pau malhado, Toutinegra,
…. tantos e tantos hão-de chegar em revoada

Etiquetados cientificamente
latim, que o meu latim não alcança
confusa, atabalhoada, desmemoriada ….
solicito, urgentemente, um ornitólogo simultaneamente cozinheiro,
pode mesmo ser “o homem dos sete instrumentos”
para ajudar à classificação do passaredo
….
enquanto se estuda tal arte
Miguel ensina a preparar um foie gras de “Streptopelia turtur”,
um vol au vent de “Troglodytes troglodytes
….
Saciada, poderei descansar na planície,
repousar na alameda e certamente mergulhar na baía do Tirreno

Cores e letras, duplamente encantatório

Um final feliz, Hema
para as decepadas, as confusas, as envergonhadas…. psiu, não se pode tocar em mazelas!
os fugitivos, os alquimistas, os arrependidos…. para todos nós
recriação, ressurgimento e reciclagem

Divirtam-se como eu me diverti!


Graciela Neves

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Inauguração da Exposição no IPJ

Tal como programado, decorreu ontem, pelas 18:00 horas, nas instalações do IPJ de Leiria, a inauguração da nossa exposição. Usando da palavra, a professora Dulce Bernardes, teceu elogios às obras em exposição, realçando a «qualidade dos artistas que tem a honra de orientar».
De seguida, o colega Fernando Patrício, com a qualidade a que, nas aulas de pintura, já nos habituou, declamou dois belos poemas (de José Régio e de Fernando Pessoa) para agrado de todos os presentes.
Por fim, foi-nos oferecida, pelo José Miguel (filho da colega Sílvia),uma interessante peça musical que executou no seu violino.
A exposição irá estar patente ao público até ao próximo dia 23 do corrente mês de Novembro, das 9:00 às 20:00 horas (sem fecho para almoço), excepto aos sábados e domingos.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

EXPOSIÇÃO NO IPJ - LEIRIA

No próximo dia 8 do corrente mês de Novembro, pelas 18 horas, na Delegação do Instituto Português da Juventude, sito na Av. 25 de Abril desta cidade de Leiria, irá ter lugar a inauguração da exposição de trabalhos dos alunos da pintora Dulce Bernardes que, naquele espaço frequentam aulas de pintura e a que o «Cor e Pinceladas» se encontra intimamente ligado.
A todos os que apreciam pintura e em especial aos nossos amigos, convidamos para assistirem à dita inauguração que será enriquecida com belos momentos de poesia e de música a cargo de pessoas afectas ao grupo.
A exposição estará patente até ao dia 23, durante o horário e dias de funcionamento da delegação do IPJ.