terça-feira, 30 de abril de 2013

Moçambique (3) - Chapas

Em Moçambique, tal como, segundo informações que me foram chegando, em quase toda a África, como meios de transporte eventualmente mais utilizados, existem carrinhas, maioritariamente da marca Toyota e modelo Hiace que fazendo umas as ligações entre cidades ou localidades diversas (nalguns casos bem distantes entre si), outras funcionam como autênticos transportes públicos urbanos que ostentam, no seu exterior, os percursos que fazem dentro das cidades e seus subúrbios. Em Maputo são em número absolutamente impressionante. Apesar de a sua lotação, recomendada pelo fabricante, ser de 9 lugares, a verdade é que o número de passageiros chega a ultrapassar, por vezes, o dobro daquela indicação. No fundo, é a procura do transporte barato...

Chapa em pleno andamento numa rua de Maputo

  Chapas numa paragem para entrada e saída de passageiros

Entretanto, existem também umas carrinhas de caixa aberta (não sei se terão a mesma designação de «chapas» ou se serão «chapas descapotáveis») que fazem transporte de pessoas, muitas vezes de pé (quando em maior número), agarradas umas às outras e que, eventualmente por se tornar mais barata a sua utilização,são mais durante as horas de ponta. Tivemos a oportunidade de notar que, em relação a 2009, último ano em que havíamos estado em Maputo, o número deste tipo de carrinhas transportando passageiros, aumentou substancialmente. Naturalmente que a segurança das pessoas é muito precária. Vi algumas destas carrinhas a transportarem mais de 30 passageiros.  Um dia em que estava a chover, vi alguns passageiros com guarda-chuvas abertos em pleno andamento.
Mas, mais uma vez e sempre, são as condições económicas que estão na origem destas situações que a nós, europeus, causam admiração e algum mal-estar.

Chapa descapotável
 
Chapa descapotável

Pelos vistos, por este andar, poderemos também nós Portugueses, ser obrigados a retroceder nos nossos hábitos de transporte e noutros onde os problemas da segurança, em obediência aos ditames económico-financeiros, deixem de ser questionados...





sábado, 20 de abril de 2013

Moçambique (2) - Maputo

Ontem aludi ao aumento do tráfego em Maputo, em relação a 2009, mas a verdade é que não publiquei fotos demonstrativas de tal facto, uma vez que não fiz assim tantas como isso.
A primeira foto de ontem, refere-se à Av. Kenneth Kaunda (ex-presidente da Zâmbia).
Abaixo, neste post, está a Av. Joaquim Chissano (ex-presidente de Moçambique) que liga a avenida que vem do aeroporto à Rotunda da OMM (Organização da Mulher Moçambicana), também na foto.
Para facilmente poderem verificar aquilo a que me refiro e ainda contactarem com as designações actuais das ruas e avenidas da cidade, poderão consultar aqui
A Avenida Acordos de Lusaka é a que liga o aeroporto à Av. Joaquim Chissano, com passagem pela Rotunda dos Heróis Moçambicanos (foto da estrela ao centro, onde está sepultado Samora Machel).
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Av. Joaquim Chissano e Rotunda da OMM
Rotunda dos Heróis Moçambicanos
Mas, de Maputo, de Moçambique e até da Suazilândia, muito do que vi, espero ainda aqui contar. Provavelmente não conseguirei uma publicação diária destes textos como gostaria... Vou fazer os possíveis por manter uma certa regularidade.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Moçambique (1)

No pretérito dia 11 de Março, partimos, rumo a Moçambique, tendo em vista, em especial, desfrutar, durante cerca de 30 dias, do prazer de estar com a nossa neta. Naturalmente que idêntico prazer queríamos gozar com o dia-a-dia passado com o Manuel Jacinto e a Ana (e eles sabem e compreendem o «em especial»). Mas, a fase imediata aos 4 anos de idade, é, estou crente, uma das que o seu não acompanhamento mais penoso se torna para os avós. E disso tivemos a confirmação. Há toda uma série de encantos gerados pelas novas palavras, pela descoberta de alguns porquês, pelos gestos, enfim por tudo quanto vai contribuindo para o crescimento, formação da personalidade e culto dos afectos que será uma pena perderem-se. Tínhamos concluído que vê-la somente uma vez por ano e nesta fase, sabia a pouco. Apesar dos contactos pelo skype, sentíamos que o estarmos efectivamente na sua presença, seria completamente diferente.
Depois das 10 horas e 50 minutos que é a duração da viagem directa de Lisboa a Maputo, chegámos cerca das 22:45 (hora local). É claro que, àquela hora, a Inês estava a dormir.
Às 7:00 horas do dia seguinte, lá estava ela no nosso quarto a acordar-nos e a dar-nos o primeiro beijinho de boas-vindas.
Estava tão diferente!... E linda, claro.




A cidade, desde 2009 (última vez que lá tínhamos estado) sofreu um considerável aumento de tráfico e por lá estarão, a nosso ver, de então para cá, muitos mais portugueses.