segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A Exposição do Rui





A exposição do Rui Pascoal tem sido um êxito e tem tido um favorável acolhimento por parte dos visitantes, maioritariamente amigos e conhecidos do pintor.

Para quem ainda não teve o prazer de ver as obras expostas na galeria da Caixa de Crédito Agrícola, ao Terreiro, já não dispõe de muitos dias.




 A exposição encerra no próximo dia 18 do corrente, sexta-feira. Horário: das 14:00 às 18:00 horas.

domingo, 13 de outubro de 2013

Rota do Crime (do Padre Amaro)

No pretérito dia 14 de Setembro, foi inaugurada, nalgumas ruas, ao ar livre, uma exposição de painéis correspondentes a pinturas a óleo sobre tela da artista plástica Sílvia Patrício, sob o tema «A Rota do Crime», inspiradas na conhecida obra de Eça de Queirós, «O Crime do Padre Amaro».

O painel acima, colocado no Edifício Jornal de Leiria, sito na Praça Rodrigues Lobo, constituirá uma espécie de roteiro que qualquer visitante da exposição deverá ter em linha de conta, como orientação no percurso a fazer. Convirá referir que as ruas são bastante estreitas e que, haverá necessidade de, face aos diferentes e reduzidos ângulos de visão, se prestar atenção às paredes dos edifícios que servem de suporte aos painéis objecto do interesse de quem quiser efectivamente ver a exposição no seu conjunto.


A referida exposição de arte urbana, é uma iniciativa da Câmara Municipal de Leiria e pode ser visitada num pequeno conjunto de ruas do centro histórico, onde terão ocorrido grande parte das cenas do romance.
Cada um dos painéis encontra-se devidamente legendado, com referência às passagens do romance em que a pintora se baseou para elaboração das suas telas.

Quando Eça de Queirós, no ano de 1870, chegou a esta cidade, para desempenhar o cargo de Administrador do Concelho de Leiria, hospedou-se na casa de D. Isabel Jordão, no nº 13 da Travessa da Tipografia, onde provavelmente escreveu os primeiros esboços daquele seu primeiro grande romance.

A localização das réplicas das obras de Sílvia Patrício, nos diferentes sítios onde se encontram, procura, em certa medida e quando tal se torna possível, corresponder aos lugares onde se desenrolaram alguns dos episódios descritos no romance.


 Esta exposição que estará patente ao público durante cerca de um ano (até Setembro de 2014), veio enriquecer (temporariamente) a zona onde se encontra inserida e será mais um motivo de atracção para todos quantos visitam Leiria.



Os «últimos» painéis, para quem se desloca a partir da Praça Rodrigues Lobo, encontram-se na rua que, a partir da Sé, dá acesso ao Castelo e à Torre Sineira.


Aconselho vivamente os meus Amigos a visitarem a exposição, recomendando a leitura prévia, para quem ainda o não fez, do romance que a inspirou.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Exposição de pintura de Rui Pascoal

Tenho o grato prazer de aqui transcrever o texto que o meu Amigo Rui Pascoal (um dos administradores não executivo deste blog) escreveu no seu blog «Tinta com pinta»:

«O 5 de Outubro já não é feriado nacional (por enquanto) e este ano calha a um sábado, dia da inauguração da minha exposição de pintura e... estão todos convidados. Monarquistas também. Apareçam! :) Relembrando: Inauguração: 5 de Outubro, 17h00 Solar dos Ataídes (Largo do Terreiro) Edifício da Caixa de Crédito Agrícola de Leiria (Também poderá ser vista *nos dias úteis* de 7 a 18 de Outubro, entre as 14h00 e as 18h30).» 

 A visita à exposição torna-se obrigatória para quem gosta destas coisas da pintura e dos diferentes estilos pelos quais a mesma se manifesta.
 Não sou crítico, nem tenho conhecimentos de pintura que me permitam uma abordagem minimamente credível às obras do Rui.
Contudo, por tudo quanto tenho vindo a observar ao longo dos anos e do que tenho lido sobre o assunto, parece-me (e volto a reforçar a minha falta de conhecimentos) que os trabalhos deste meu Amigo estarão muito próximos daqueles que geralmente são enquadrados na pintura naïf.
"A capacidade artística é um dom inato no ser humano e não existem técnicas, regras ou dogmas que, quando ele realmente está presente, lhe possam atrofiar qualidade e retirar valor", cf. texto em que se define a arte naïf, na página da Allarts Gallery.
 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Exposição de Pintura

No Teatro José Lúcio da Silva, desta cidade de Leiria, vai ter lugar, de 6 a 26 do próximo mês de Setembro, uma exposição de trabalhos a óleo do meu Amigo e colega destas lides, Arnaldo Barateiro.
O tema versado (Cores de Leiria) será o de um pintor, leiriense de gema, que orgulhosamente tem dedicado a sua obra à cidade onde nasceu.

Os trabalhos poderão ser apreciados diariamente das 18:00 às 22:00 horas e, em dias de espectáculo, das 18:00 às 23:00 horas.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Moçambique (15) - Estação dos Caminhos de Ferro e Museus

A estação dos Caminhos de Ferro de Moçambique, situada na Baixa da cidade de Maputo, foi projectada pelos arquitectos Alfredo Augusto Lisboa de Lima, Mário Veiga e Ferreira da Costa, tendo sido construída entre 1913 e 1916. É considerada das mais interessantes estações do Mundo e provavelmente a mais bonita de África.
Concerto "Os Pequenos Violinos", no interior da Estação dos CFM
A primeira vez que entrámos no referido edifício, foi no dia 30 de Março de 2007, dado que decorreu, no seu interior, o Concerto de "Os Pequenos Violinos", da Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa.
Desde então e sempre que nos deslocamos a Moçambique, a estação é visita obrigatória.
Estação CFM (imagerm da net)


Estação CFM - Torre central
Relativamente perto da estação, mais propriamente na Rua Consiglieri Pedroso, encontra-se o Museu Nacional da Moeda, bem recheada de muitas e valiosas colecções de moedas, desde o inevitável escudo usado no período colonial, até a moedas de todos os continentes e países.

Museu Nacional da Moeda (imagem da net)
 Naturalmente que dos museus visitados, não poderia deixar de contar o Museu Nacional de Arte.
        Óleo de Malangatana (imagem da net)      
Naquele museu, como não poderia deixar de ser, encontram-se expostas obras dos mais conhecidos artistas plásticos moçambicanos (Malangatana, Mankew, Shikane, etc, etc.).
C
Mankew (autor) - (imagem da net)
Um dos nomes mais sonantes da arte em cerâmica é o de Reinata Sadimba que nasceu em 1945, na aldeia de Nemu,Cabo Delgado. Filha de camponeses, recebeu uma educação tradicional Makonde que incluía a fabricação de objectos utilitários em barro.
Reinata Sadimba
Em 1975, iniciou uma transformação profunda na sua cerâmica. Torna-se conhecida mundialmente pelas formas " estranhas e fantásticas".
É considerada uma das artistas mulheres mais importantes do Continente africano.
Reinata, recebeu vários prémios e fez exposições em vários países, como Bélgica, Suíça, Portugal , Dinamarca, Itália, África do Sul e Tanzânia. Os seus trabalhos estão representados em várias instituições, como o Museu Nacional de Arte, em Maputo e o Museu de Etnologia de Lisboa. Fazem parte da Colecção de Arte Moderna de Culturgest e de numerosas colecções privadas em todo o mundo.
Museu Nacional de Geologia.
Em plena Av. 24 de Julho, instalado num belíssimo edifício, fica o Museu Nacional de Geologia.
A nossa ida ao referido museu, coincidiu com uma visita de estudo de alunos de uma turma do secundário, acabando por aproveitar parte dos ensinamentos transmitidos pelo professor.

Selenite (proveniente de Leiria)
Como curiosidade, será interessante aqui referir que neste museu se encontra um pedaço de selenite proveniente de Leiria - Portugal.
Em mineralogia, selenite é uma variedade transparente e incolor de gesso.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Moçambique (14) - Casa de Ferro e C. C. Franco-Moçambicano

Quem sobe a Av. Samora Machel, partindo da «Baixa», da Av. 25 de Setembro (do Continental, por exemplo, onde possa ter estado a beber um café), encontra, quase ao chegar à Praça da Independência (onde se encontra o Conselho Municipal), ao seu lado direito, a Casa de Ferro.
Casa de Ferro

A Casa de Ferro é um imóvel pré-fabricado, importado da Bélgica para Moçambique e edificado em 1892 para alojar a residência do governador-geral. Actualmente situado na Avenida Samora Machel em Maputo, foi inicialmente instalado na Avenida Josina Machel, tendo albergado várias instituições como o Instituto D. Amélia e antes da independência nacional o Museu Geográfico.

Centro Cultural Franco-Moçambicano


 Logo, um pouco acima, encontra-se o Centro Cultural Franco-Moçambicano, num edifício muito bonito, cheio de luz, com várias obras de artesanato no seu interior e circundado por jardins, onde são expostos trabalhos escultóricos diversos e executados a partir de materiais de vária origem.
Desta vez, deslocámo-nos ao Centro Cultural Franco-Moçambicano, tendo em vista apreciar uma exposição de fotografia, resultante de um concurso, onde foram apresentados trabalhos muito interessantes, pelo que nos foi dado concluir.

Fotografia exposta no CCFM
Estatueta e quadro

Conjunto escultórico (em cima do balcão do bar do CCFM)
Estatueta
 Um pouco por todo o espaço, quer nas zonas cobertas, quer nos jardins, eram várias as marcas da cultura.
Cartaz anunciador de espectáculos
Nos jardins do edifício, não passavam despercebidas as obras executadas a partir de pedaços de máquinas, canos e restantes partes de armas e de toda a parafernália de objectos metálicos que, em princípio, estavam «condenados» às lixeiras ou a aumentar o lixo da cidade.

Trabalho feito de produtos reciclados
Trabalho feito de produtos reciclados
Banco executado com restos de peças de armas
O jovem Gonçalo Mabunda é o artista plástico moçambicano que mais se dedica a este tipo de trabalhos em que são utilizados como matéria-prima desperdícios de uma autêntica lixeira de metal.
  

sábado, 15 de junho de 2013

Moçambique (13) - Museu de História Natural

Aquando da nossa primeira ida a Moçambique, visitámos o Museu de História Natural que muito nos encantou.
O edifício, muito bonito, de estilo manuelino, apresenta-se sempre bem cuidado, como tive, mais uma vez, a oportunidade em constatar, e contém, no seu interior algumas raridades, eventualmente únicas, a nível mundial.
Mas, no que concerne ao edifício, atento o seu estilo, não pude deixar, de notar, desde o primeiro contacto visual, a semelhança das janelas com as do edifício da Câmara Municipal de Soure que tão bem conheço.


Museu de História Natural - Maputo
Museu de História Natural - Maputo

Museu de História Natural - Maputo (escadas interiores)
 Como única no Mundo, está patente no museu, uma colecção de fetos de elefante, nas suas diferentes fases. 
Como consta da literatura que se encontra junta aos fetos expostos, por altura da 1ª Guerra Mundial, houve, a sul de Maputo, uma matança de 2000 elefantes machos, fêmeas e crias, tendo em vista destinar à agricultura os terrenos que ocupavam.
Entretanto, o comandante da equipa da caça que procedeu a tão lamentável matança, teve a ideia de recolher os fetos e conservá-los em formalina.
Como se pode ver na foto, no primeiro mês e até ao terceiro, é um feto pequenino. Depois vai evoluindo durante 22 meses e quando nasce já pesa cerca de 100 kg.

Museu de História Natural - Maputo (Diferentes fases da evolução  do feto do elefante)




Uma boa parte do espaço do museu é dedicada a cenas da selva, com animais embalsamados.




Outras salas do espaço museulógico, são dedicadas a documentos de natureza fotográfica e objectos vários que testemunham não só capacidades para os criar, mas também hábitos humanos antigos.



  

terça-feira, 4 de junho de 2013

Moçambique (12) - Música

Da música de Moçambique não tenho conhecimentos bastantes que me permitam sequer fazer uma selecção da que mais representativa possa ser.
No entanto, tenho procurado ouvir as que me aparecem e escolho aquelas de que mais gosto.
E Wazimbo é o nome de cujas canções mais gosto. Mas, como antes frisei, poucos nomes e canções conheço.
                                       
       Wazimbo - "Magumba" (o vídeo tens imagens maravilhosas)
 Comprar CDs de música e DVDs de filmes por preços baixos, é facílimo. Por todo o lado da cidade de Maputo, andam rapazes a vendê-los entre 100 a 200 Mts. Claro que os suportes (CDs e DVDs propriamente ditos) não têm qualquer inscrição ou imagem apostas no seu exterior e as capas são fotocópias (a cores) de fraca qualidade. É a pirataria no seu esplendor...

 A Marrabenta é uma forma de música-dança típica de Moçambique.                                                   
Wazimbo - "Sapateiro Marrabenta"

Mas, a canção que até agora encontrei que mais me satisfaz ouvir é a "Nwahulwana" do referido Wazimbo.
Wazimbo - "Nwahulwana"
Não sei porquê, esta sonoridade encanta-me. 

sábado, 1 de junho de 2013

Moçambique (11) - Bilene

Dedico este post a um Amigo, apaixonado pelo mar e que desde criança, descendo pela Rua do Outeiro, transformava o carrinho de rolamentos que o pai lhe construiu, numa caravela portuguesa.  Um Vasco da Gama se imaginava vencendo as ondas, não do rio Arunca, mas sim as altas e tormentosas vagas do Índico, personificando o Adamastor nas vizinhas que reagiam, atormentadas pelo ruído ensurdecedor dos rolamentos zurzindo contra as pedras da calçada. 
E foi essa paixão pelo mar e pelo amor à sua terra natal que o levaram a conceber e a reduzir a escrito o que se pode designar como uma autêntica ode marítima cantada em louvor da que considera a melhor vila do centro do País:

Ó Soure vila bonita,
como tu não há igual!
És das terras mais bonitas,
das praias de Portugal!

Voltando a Moçambique, tema que justifica os posts que temos vindo aqui a publicar, recomeçarei referindo que, quando em 2007, estivemos em Inhambane, por uns dias, foi então obrigatória a visita às praias mais próximas, nomeadamente Barra, Tofinho e Tofo. E foi nesta praia que tivemos o grato prazer de partilhar uns momentos de conversa com aquele que era o grande mestre da pintura moçambicana, Malangatana Valente Ngweny (falecido em 5 de Janeiro de 2011).

Praias próximas de Inhambane
Com Malangatana em Abril de 2007



 Desta vez, neste ano de 2013, fomos passar uns dias ao Bilene, a cerca de 200 kms de Maputo. A praia do Bilene, onde estivemos, fica junto da lagoa Uembje, mantida pelo Índico. As águas são límpidas e não profundas, o que proporcionou bons momentos de diversão às três crianças que faziam parte do nosso grupo.
 

Da casa onde ficámos durante os quatro dias que ali permanecemos, desfrutávamos de uma bela paisagem, onde se incluía a lagoa/praia.


 Estivemos muito bem instalados, usufruindo não só da paisagem, mas também do conforto da própria casa que distava cerca de 150 metros da praia.
Bilene é uma pequena povoação onde, na rua principal, para além de outras construções antigas e modernas, se pode ver ainda um conjunto de casas pertencentes aos Caminhos de Ferro, e que, antes da independência, serviam para os funcionários da empresa gozarem alguns dias de férias. Estão preservadas e habitáveis.
Verificámos que, numa zona mais recatada e próxima da casa onde nos alojámos, estão a ser construídas boas vivendas que se destinarão, assim parece, a residência de férias e cujos acessos estão a ser devidamente cuidados com a colocação de blocos de cimento que encaixam uns nos outros garantindo, ao que tudo leva a crer, um piso fiável e duradoiro.
Tomávamos café no «Bilas», junto às bombas de gasolina e, quando precisávamos, comprávamos as frutas e legumes, bem assim como o peixe, no mercado de rua.
 No regresso a Maputo, na véspera do Domingo de Páscoa, passámos pelo estabelecimento (restaurante, padaria, etc.) do amigo Figueiredo, algures, no meio da mata, junto de Marracuene, para levarmos o cabrito assado encomendado com antecedência.


 O senhor Figueiredo é um português que foi para Moçambique, após a independência e estabelecendo-se no sítio onde ainda hoje se encontra, tem vindo a ser bem sucedido no seu negócio, estando na iminência de construir um complexo (restaurante e residencial) junto da Estrada Nacional nº 1 moçambicana, relativamente perto do local onde hoje exerce a sua actividade.
Proximamente, tentarei abordar outros assuntos que Moçambique me tem vindo a proporcionar e que considero interessantes.