terça-feira, 24 de abril de 2012

Reencontrar Skapinakis


«A grande antológica dedicada ao pintor Nikias Skapinakis, no Museu Colecção Berardo, abrange seis décadas de trabalho e mais de 260 obras - sempre em Portugal».
 Eram estes o título e subtítulo de um artigo publicado pela revista Visão no seu nº 996 (5 a 11 de Abril de 2012) sobre a obra e vida do pintor nascido em Lisboa em 1931, filho de pai grego e mãe portuguesa.

Começou por expor em 1948, nas Exposições Gerais de Artes Plásticas, participando, a partir de então, em diversas exposições individuais e colectivas, quer em Portugal, quer no estrangeiro. Além da pintura a óleo, como actividade dominante, dedicou-se à litografia, à serigrafia e à ilustração de livros. Executou litografias para eventos de certa relevância, entre eles para o Cinquentenário do Banco Português do Atlântico. É autor de um dos painéis do café «A Brasileira do Chiado» (1971).
Sobre este artista pode consultar-se o blog Cores e Cheiros que descobri nas pesquisas motivadas pelo artigo da Visão e que recomendo pelo seu interesse pelas coisas da pintura.

De tudo o que mais me impressionou no que na Visão se escreveu, foi a alusão ao facto de o pintor ter sido preso por questões de natureza política e ter sido proibido de pintar. Isso mesmo, ter sido proibido de pintar!.
Imaginem os amadores, como eu, destas coisas da pintura que nos proibiam de pintar... e somos simples amadores, não profissionais como o Skapinakis...
Naturalmente que a minha imaginação me leva a uma viagem ao pensamento do referido pintor que, decerto, nunca deixou de levar a efeito as suas pinturas em fundos imaginários, com cores bem vivas, para que não fossem esquecidas e pudessem ser passadas, na primeira oportunidade, a telas autênticas.
Exercícios clandestinos de memória artística que as condições de então estimulavam.
                                           Retrato de Almada Negreiros

1 comentário: